Antídoto

Quero a poesia
como companhia
artifícios não
Quero trocar de pele
ficar mais leve
couro de cobra não
Quero um antídoto
que cure a tristeza
tarja preta não
Quero olhar pra dentro
e sentir a beleza
Que vem do coração
Quero descer nas profundezas do mundo
Tocar o fundo, pegar impulso e subir
Ir, ir, ir…
Alto
Bem Alto
Tão alto
Até chegar no céu
Tocar as nuvens
Com o pé descalço
Fazer amanhecer ao som
do canto de um pássaro