Outrora, outra vez, outro lar
Outro lugar, outra mulher, outro homem
O trem vai pra uma outra estação
Um outro inverno e lá vem outro verão
Ao outro tanto a ti quanto a mim
Um outro bem, um outro amor, outrossim
Não é facil aceitar alguém
E ser aceito pelo outro também
Sempre haverá outra esquina
Outra beleza, outro cara, outra mina
Sempre haverá um mané, sem noçao, um otário
Querendo atrasar
Sempre haverá outro dia
Ensolarado e outra noite vadia
Sempre haverá outra chance
Outra mão ao alcance querendo ajudar
Outra favela, novela
Outro barraco, buraco
Outra cachaça, manguaça em outro bar
Outro marido traído
Outra esposa ansiosa
Outra amante excitante querendo dar
Outra cabeça, sentença
Outro recanto, encanto
Outra viagem, vertigem em outro mar
Outro sentido ou saída
Outra maneira ou medida
De dar a volta por cima, querendo dá
Tá no enredo
Tá no samba do terreiro
Na marujada
Na avenida, na congada
Tá na ciranda
Na charanga, no divino
Na passarela
É o rei da batucada
No baile funk
Ele é o tamborzão
Faz as novinhas
Requebrarem até o chão
No treme terra
O sub grave no comando
Praticumbum prugurundum
Eu não me canso
E quando toca o tambor
É festa, eu canto, eu danço
E quando toca o tambor
Acende a esperança
Empurra o bloco
Empolga a rua é carnaval
Segura a banda
Que a parada é federal
Vem lá do datilo-batuque
Digital
Convocando a massa
Pela rede social
Esquenta a pele
Manda brasa pra valer
É caprichoso, é garantido
Eu quero ver
Sustenta a rima
Dos moleques lá na praça
Que geralmente
Onde tem fogo tem fumaça
Uma onda sonora
Que faz a cabeça
Que corre no sangue
E explode no peito
Causando um efeito
Que mexe com a gente
Que bate contente
Na palma da mão
Vai descendo ate o chão, chão…
Deliciosamente
boca, pele e mão
tudo que se quer dizer
falar ao coração
Perigosamente
entre o sim e o não
voo cego, mar aberto
nessa imensidão
Quero sentir Uh uh uh
Aquela chama Uh uh uh
Religiosamente
Cama, quarto e chão
Tudo que te der prazer
sem classificação
Demoradamente
amanhecendo em vão
universo paralelo
outra dimensão
Tá tudo aí pra nós
Agora é só deixar rolar
A vida não espera
O tempo não vai parar
O amor é um jogo arriscado
Nao quer saber se é certo ou errado
Chega perto e fica do meu lado
Que eu vou apagar a luz
E tudo vai clarear
Mostrar que vale a pena
É só saber chegar
Saber chegar
Ta tudo aí pra nós
É só você imaginar
A cena é de cinema
Fico sem respirar
O tempo é o nosso aliado
Nao quer saber se é certo ou errado
Ter você por perto, do meu lado
É tudo que eu sempre quis
Quero a poesia
como companhia
artifícios não
Quero trocar de pele
ficar mais leve
couro de cobra não
Quero um antídoto
que cure a tristeza
tarja preta não
Quero olhar pra dentro
e sentir a beleza
Que vem do coração
Quero descer nas profundezas do mundo
Tocar o fundo, pegar impulso e subir
Ir, ir, ir…
Alto
Bem Alto
Tão alto
Até chegar no céu
Tocar as nuvens
Com o pé descalço
Fazer amanhecer ao som
do canto de um pássaro
Ele que me enfeitiçou com seu olhar
Eu jurava que o amor ia durar
Que ilusão
Eterno amor que se distrai
Mais uma história que se vai
Ele me ensinou o que é amor
Juntos na alegria e na dor
Que ilusão
Nosso caminho se perdeu
Como num sonho derreteu
E o que ficou do seu calor
O que ficou do nosso amor
O que ficou do seu olhar
O que sobrou para lembrar
O que ficou…
O que não falta é encruzilhada amorosa
No meio dessa cidade nervosa
Você tá me cercando
Mas andou me esnobando
Tudo bem, a gente
Acabou namorando
Muito bem, muito bom
Mas agora tá desesperado
Só porque eu saí com outro
Com uma outra
Eu gosto tanto de você
Tenta compreender
Tenta curtir, entender
Você sabia da minha atualidade
Não havia nenhuma insanidade
Volúvel insanidade
Apenas o óbvio
Da minha intenção, do meu prazer
Amor em dose dupla
Double love double love
Reza funk
Double love double love
Tá no sangue
Double love double love
Amor em dose dupla
No meio da cidade nua
Não fica se achando
Me cercando insinuando
Perdido em egotrip
Que eu sou sua refém apaixonada
Que nada meu querido
Meu negócio é double love
Amor em dose dupla
No meio da cidade nua
A qualquer hora
Você pode estar por fora
A qualquer momento
Você pode estar por dentro
Tenta compreender
Tenta curtir, entender
Você já sabia
Da minha atualidade
E eu como princesa siamesa
Sibilando sussurrando
Palavrinhas bem francesas
Pra te magnetizar
Pra te magnetizar
Sussurrando, sibilando
Sussurrando assim
Je t’aime
Moi non plus
Déjà vu
Moi non plus
Deixa vir
Vem meu amor
Sentir o calor
A palavra vai escancarar
O desejo de ser e de se revelar
A cabeça vai sintonizar
Tudo que faz viver e faz vibrar
Os olhos, irão decifrar
O que a boca nao sabe sabe explicar
As costas, irão se virar
Pra tudo que não vale a pena se dar
O sexo vai imaginar
O prazer de te scanear
E a poesia vai concretizar
Os labios que’u quero beijar
Computar a dor
É dureza (hardware)
Computar a flor
É beleza (software)
A dança vai comunicar
O que o corpo insiste em perguntar
Por quem ergues tua taça?
Por quem esperas lá na praça?
Por quem…
Por quem…
Me olha
Imagina
Pra eu me sentir despida
Me fala
Sussurra
O que até Deus duvida
Me beija
De língua
Pra eu me sentir perdida
Me leva
Me leva
Me leva
Me bota
Pra cima
Pra eu me achar rainha
Me toca
Desliza
Que tudo se ilumina
Me ama
Me guia
Pra eu me achar na vida
Me leva
Me leva
Me leva
Hei você!
Não fica assim!
A gente briga mas se ama
Tenta entender o quanto de ódio esconde o amor
E o quanto de amor tá implícito no ódio
A gente briga mas se ama porque somos condenados a amar
Porque somos frágeis criaturas movidas por carências irracionais e impulsos sexuais
Impulsos de vida
Impulsos de morte
E sabendo que vamos morrer sentimos fome de viver
Não é essa a função do amor?
É não deixar esmorecer essa fome de viver De sobreviver em meio a pancadaria da infelicidade à granel
Da perdição mental, da paranóica tensão social
No meio dessa briga boa e eterna
Entre o Bem e o Mal
Toneladas de “I love you” desabam a todo instante nesse mundo
Toneladas de “Eu te odeio” desabam a todo instante nesse mundo
Toneladas de “Eu preciso de você” desabam a todo instante nesse mundo Toneladas de “ta tudo acabado entre nós” mais desabam a todo instante nesse mundo
Mas o que importa é parar numa esquina e perceber
O gigantesco coração do planeta batendo
Ouçam!
O coração do mundo batendo
Gigante coração, gigante coração
Do amor geral
Fernanda Abreu
Amor Geral
Rio, 30 graus. É noite de outono. De cabelos presos, camiseta e calça jeans, Fernanda Abreu está sentada numa cadeira em seu estúdio, apropriadamente batizado como Pancadão, numa casa no Horto, sossegado bairro da Zona Sul da cidade. Ela se aproxima da mesa de som, aperta alguns botões e bota para tocar “Outro sim”, estrondosa faixa de abertura de seu novo álbum, “Amor geral”. Quase imediatamente, a batida programada por Wladimir Gasper (nome artístico de Pedro Bernardes) explode nas caixas, frequências graves se enroscam na cintura do ouvinte como serpentes imaginárias e samples, picotados, abrem caminho até a voz de Fernanda, que rima e canta: “Outra cabeça, sentença/Outro recanto, encanto/Outra viagem, vertigem em outro mar/Outro sentido ou saída/Outra maneira ou medida/De dar a volta por cima, querendo dá”.
– Nos últimos tempos, aprendi muito com (os produtores) Tuto Ferraz no estúdio dele em SP e Sérgio Santos no meu estúdio no Rio, sobre áudio, equalização, compressão, frequências e tal. E queria um disco que soasse bem, do subgrave ao agudo – explica ela, que assina a direção musical e produção executiva do disco. Mais do que detalhes técnicos, “Amor geral” – que tem projeto visual de Giovanni Bianco – gira em torno desses últimos tempos mencionados por Fernanda. Afinal, é o seu primeiro trabalho em dez anos, desde que lançou o álbum “MTV Ao Vivo”. Foi um tempo em que Fernanda trocou manchetes pop
por linhas bastante pessoais.
– Nesses dez anos, a vida me apresentou algumas situações difíceis e precisei priorizar minha vida pessoal. Tive um processo de luto muito estranho da minha mãe, que ficou em coma por seis anos, somado ao sofrimento do meu pai que passou a vida ao seu lado, vivi um longo processo de separação do meu casamento de 27 anos, minhas (duas) filhas precisando de mim e eu delas. Senti que tinha que administrar esses desafios da forma mais amorosa possível. Segurei uma onda gigante e nem pensava em criar um material novo, até porque o cenário da música estava numa transformação violenta – confessa ela. – Trabalhei direto, criei um novo show Eletro-Acústico, participei de projetos especiais de outros artistas, continuei fazendo meus shows do MTV ao Vivo, mas não me sentia inspirada nem instigada para fazer um álbum de inéditas.
Como outros artistas, vivi um compasso de espera, observando as mudanças da indústria e do mercado. Era como o samba-enredo da União da Ilha, “o que será, o amanhã? Responda quem puder…”. O amanhã desse retiro começou a chegar quando entrou em cena o sentimento que dá título ao disco e sua hipnótica faixa de encerramento (de letra “E sabendo que vamos morrer, sentimos fome de viver/Não é essa a função do amor?/É não deixar esmorecer essa fome de viver/De sobreviver em meio à pancadaria da infelicidade à granel”).
– Quando conheci o Tuto Ferraz e me apaixonei, uma energia nova, muito inspiradora e potente me fez naturalmente começar a compor e produzir novas
músicas – revela. – Um dos motivos desse disco se chamar “Amor geral” foi a percepção de que em todos esses momentos pelos quais passei, o amor foi o sentimento mais forte que senti tanto nos momentos de alegria como de tristeza. A letra dessa vinheta “Amor Geral” pode parecer um papo entre um casal, mas o pano de fundo está no coletivo e na simbólica relação entre amor e ódio, dois poderosos sentimentos que movem a humanidade.
Com “Amor geral”, Fernanda retoma uma linha evolutiva que atravessou discos fundamentais dos anos 90, como “SLA Radical dance disco club” (90), SLA 2 – Be sample” (92) e “Da lata” (95), nos quais ela se firmou como pioneira no uso de samplers como instrumento, entusiasta de primeira ordem do funk carioca, sambista de verso e dança e porta-bandeira da disco music. É exemplar, por exemplo, a grooveada faixa “Tambor”, que tem a participação, quase surpresa, de Afrika Bambaataa, grande mestre do hip-hop e de suas fusões com os batidões dos bailes do Rio, sintonizado com a percussão de Jovi e Pretinho da Serrinha. É trap com samba, é funk com balanço verde-amarelo, é beatbox com berimbau. (“E quanto toca o tambor/É festa, eu canto, eu danço/E quando toca o tambor/Acende a esperança”, celebra Fernanda).
Conduzindo parceiros antigos (Liminha, Meme, Laufer e Fausto Fawcett) e novos (Qinho, Wladimir Gasper, Sergio, Tuto e Donatinho), Fernanda desfila, ao longo das 10 faixas do álbum, por diversas levadas, sem perder o suingue jamais. “Double love” é um balanço-funk estilo batuque digital, metralhadora musical. “Valsa do desejo” é uma balada com ares cinematográficos. “Por quem” (na qual canta “Computar a dor/É dureza/Computar a flor/É beleza”) e “Deliciosamente” são refrescantes mergulhos nas pistas disco-houseiras. “O que ficou” é uma delicada pintura de tons ambientais. E a faixa-título resume o disco com suas roupagens futuristas e texto cortante como um sabre de luz (“Toneladas de ‘I love you’ desabam a todo instante nesse mundo/Toneladas de ‘Eu te odeio’ desabam a todo instante nesse mundo…). Mesmo depois dessa ausência, Fernanda não perdeu a habilidade de ouvir “o coração do mundo batendo”.
– Acho que cada artista procura seu som e me orgulho de ter uma assinatura. Gosto de trabalhar com a estética musical que os arranjos e a produção em estúdio me permitem. Por isso, além de cantora e compositora, me sinto como uma espécie de artesã de sons – diz ela, que comemora também a chegada de todo seu catálogo (7 álbuns) às plataformas digitais na sequência do lançamento de “Amor Geral”. – Num primeiro momento, fiquei um pouco receosa de lançar qualquer trabalho artístico nesse momento em que a intolerância, o cinismo, a falta de escuta parecem imperar. Mas percebi que é exatamente esse o momento propício pra vir com “Amor geral”. Então, quando vozes conservadoras gritam contra o aborto, contra o direito das mulheres, contra os negros, contra a diversidade sexual e religiosa, venho chegando, gentilmente, com o meu antídoto.
AMOR GERAL
EU – O OUTRO
“Amor Geral” é um álbum fortemente autobiográfico onde o tema é o amor. Centrado não em mim, mas no outro. O outro como ponto de partida e o amor como ponto de chegada. Afinal são as pessoas que nos fazem sentir vivos e amados (ou desamados). É um disco sobre a vida onde o amor, que parece um tema banal, se afirma como a força fundamental que não deixa esmorecer a nossa fome de viver.
BRASIL/2016
No cenário de indiferença, cinismo, consumismo, intolerância e ódio que marca os nossos dias atuais, o amor é a mais bela e eficiente forma de resistência. A resposta mais poderosa. Num momento em que o mundo parece andar pra trás desprezando e atropelando o respeito às liberdades de expressão sexual e afetiva, às formas alternativas de família, às diferenças culturais e religiosas, à tolerância no convívio social e o no trato pessoal, apresento “Amor Geral” como uma espécie de antídoto. Love is the new money!
O DISCO
(Direção musical e produção executiva: Fernanda Abreu)
Produzido no eixo RJ-SP, urbano por natureza, o disco seguiu musicalmente esse sentimento do eu-coletivo. Convidei vários produtores (já que cada faixa pedia arranjos e sonoridades diferentes), músicos, compositores, técnicos e amigos para contribuírem na gestação do álbum. Como capitã do navio conduzi essa longa viagem (2 anos e meio de trabalho) ao lado dessa tripulação espetacular. Aprendi muito nesse processo riquíssimo!
PROJETO GRÁFICO
(Direção de arte: Giovanni Bianco/Foto: Gui Paganini)
Eu estava na pista de dança quando Giovanni Bianco passou por mim e brincando falou: “agora que você se separou de Luiz Stein quando iremos
trabalhar juntos?” Uau!, pensei. Dali em diante foi só alegria! Quanto talento, inteligência e generosidade numa única pessoa. Essa capa lindamente criada por ele traz uma imagem que pra mim simboliza a eterna procura do ser humano. Uma espécie de esfinge sugerindo que o amor entre os homens é um eterno enigma a ser decifrado, num olhar que traduz um misto de apreensão e esperança, somado a ideia do texto impresso na pele da mão lembrando que escrevemos o mundo ao mesmo tempo que somos escritos por ele. Eu-Coletivo.
LETRAS, RITMOS E MELODIAS
1 – OUTRO SIM (Fernanda Abreu/Jovi Joviniano/Gabriel Moura) – Produzidapor Wladimir Gasper
Faixa de abertura que sintetiza o sentimento do álbum. Uma espécie de faixamanifesto. Convidei Wladimir Gasper (pseudônimo de Pedro Bernardes) de quem sou fã do trabalho há tempos. Passamos muitas noites no seu estúdio na Lapa entre subgraves, vocoders, teclados e bons papos.
2 – TAMBOR (Fernanda Abreu/Jovi Joviniano/Gabriel Moura) – Produzida por Sergio Santos
Alô Fernanda, sabe quem está aqui no Estúdio? Afrika Bambaataa! Vem pra cá! Foi assim que Sergio Santos começou a produzir essa faixa. Em seguida, eu já estava no meu estúdio Pancadão de frente para o pai do Funk Carioca, criador da clássica e emblemática música “Planet Rock”, o icônico Bambaataa. A faixa é uma homenagem ao Tambor, expressão primeira da cultura negra e da comunicação entre os homens.
3 – DELICIOSAMENTE (Fernanda Abreu/Alexandre Vaz/Jorge Ailton) – Produzida por Liminha
A letra saiu de primeira inspirada na delícia de se apaixonar. Fui pro Estúdio Nas Nuvens e Liminha começou a produção gravando o baixo e… pronto! A música já tinha uma cara. Mostrei pro meu amigo e DJ Memê, que por sinal acompanhou todo o processo do disco, e ficamos dançando o resto da noite.
4 – SABER CHEGAR (Fernanda Abreu/Donatinho/Tibless/Play) – Produzida por Liminha
Donatinho me mostrou essa música no camarim de um show. Da letra original restou o refrão. Gosto da melodia e do arranjo e, apesar da letra falar da imprevisibilidade e da falta de controle quando o assunto é amor, a ” vibe ” é positiva mostrando que tudo pode valer a pena… É só saber chegar!
5 – ANTÍDOTO (Fernanda Abreu) – Produzida por Rodrigo Campello
Numa das madrugadas tristes que passei pensando na condição terrível em que minha mãe se encontrava (num coma há anos), peguei o violão, deitada na cama, e comecei a tocar uns acordes que já vieram acompanhados de melodia e letra juntos. Nunca tinha me acontecido isso antes. Meio Chico Xavier. Assustada, liguei pro meu irmão, Felipe Abreu, parceiro e fiel escudeiro em todo o processo do disco pedindo sua opinião. Ele aprovou. 🙂
6 – O QUE FICOU (Fernanda Abreu/Thiago Silva/Qinho) – Produzida por T.R.U.E
Thiaguinho Silva, baterista e compositor me mandou uma melodia no piano que me inspirou de cara. Escrevi a letra pro Luiz Stein, que foi meu marido por 27 anos e é pai das minhas duas filhas. Qinho entrou na parceria e de quebra trouxe Gui Marques. Juntos produziram a faixa inaugurando a dupla T.R.U.E.
7 – DOUBLE LOVE AMOR EM DOSE DUPLA (Fausto Fawcett/Laufer) – Produzida por Sergio Santos
Única musica do álbum que não é de minha autoria. Quando Fausto e Laufer me mostraram essa música, achei que se encaixava como uma luva na onda do disco. Aliás, é impossivel fazer um disco sem meus parceiros mais constantes!
8 – POR QUEM (Fernanda Abreu/Qinho) – Produzida por Tuto Ferraz
Mandei a letra pro Qinho que dias depois me devolveu com a música. Mais uma letra tentando driblar a dureza de uma separação. Digerir, administrar e computar esse momento com amor e leveza é sempre um desafio. Tuto Ferraz, minha dupla na vida, acertou em cheio.
9 – VALSA DO DESEJO (Fernanda Abreu/Tuto Ferraz) – Produzida por Tuto Ferraz
Isnpirada no meu momento amoroso e apaixonado, escrevi essa letra e comecei a criar a melodia a cappella dançando uma valsa em casa. Fui pra SP e pedi ajuda pro Tuto, que sentou ao piano e criou essa harmonia linda e densa que, somada ao arranjo de cordas, criou a atmosfera que eu queria.
10 – AMOR GERAL (Fernanda Abreu/Fausto Fawcett/Pedro Bernardes) -Produzida por Sergio Santos
Vinheta final, espécie de epílogo. Sintetiza a onda musical do disco misturando eletrônica com timbres e sons orgânicos. Como não podia deixar de ser, o samba aparece aqui, nas entrelinhas como parte do meu DNA. Samba urbano.
Fernanda Abreu
maio 2016
Direção Musical e Produção Executiva FERNANDA ABREU Faixas Produzidas Por LIMINHA Deliciosamente e Saber Chegar WLADIMIR GASPER Outro sim RODRIGO CAMPELLO Antidoto SERGIO SANTOS Tambor, Double Love e Amor Geral T.R.U.E. (QINHO e GUI MARQUES) O Que Ficou TUTO FERRAZPor Quem e Valsa Do Desejo
Produtor Vocal FELIPE ABREU
Mixagem VITOR FARIAS e SERGIO SANTOS exceto “Por Quem” por TUTO FERRAZ e “Tambor” e “Double Love” por SERGIO SANTOS Masterização TOM COYNE (Sterling Sound/NY)
Capa Direção de Arte GIOVANNI BIANCO / GB65 Fotógrafo GUI PAGANINI Make e Hair DANIEL HERNANDEZ Styling GIOVANNA REFATTI Estúdio TÁVOLA 42 Produção Executiva FERNANDA SÁ Engenheiros de Gravação e Edição SERGIO SANTOS (Estudio Pancadão), WLADIMIR GASPER e JONAS CHAGAS (Estudio WG), TUTO FERRAZ (Estudio Do Tuto / Grooveria), RODRIGO CAMPELLO (Ministereo), LIMINHA e DANIEL ALCOFORADO (Nas Nuvens), FABIANO FRANÇA (Edições Digitais), GUI MARQUES (Estudio Frigideira), DONATINHO (Synth Love)
Assistente de Produção CLARISSA MARTINS
Agradecimentos Ao meu pai, minha mãe, Sofia, Alice, Tuto, Felipe e Neném (família!), Memê pela amizade eterna, Sergio pela parceria, Giovanni pelo talento e generosidade, Alex Cecci pelo Bambaataa, Jorge Davidson, Denise Jardim, Berna, Vitor Farias, Clarissa, Pedro Luis, Gui Paganini, Daniel Hernandez, Giovanna Refatti, Daniela Raizel, Francisco Tellechea, Tom Saboia, Alvaro Alencar, Junior Amaro, Paulo Junqueiro por acreditar, Bruno Batista, Cris Dória e toda a galera da Sony, Eugênio, Sueli, Cecília, Délia, Fernando Moura, Jorge Ailton, Leo Jaime, Pedro, Luís, Ricardo Goés pelo coro luxuosíssimo! Aos meus parceiros compositores nessa empreitada e à todos os músicos, arranjadores, produtores, técnicos e engenheiros de som que participaram desse projeto contribuindo com sua arte! Obrigada a todos!
Dedico esse disco ao Tuto e às minhas princesas Sofia e Alice. Amores da minha vida! Obrigada pelo apoio, incentivo, inspiração e por estarem sempre ao meu lado! Viva o amor!
1 Outro Sim (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom, GABRIEL MOURA: Som Livre, JOVI JOVINIANO: Direto) ISRC: BR-GR9-15-00001 Arranjo: PEDRO BERNARDES e FERNANDA ABREU Programaçao, Beats, Teclados, Vocoder: PEDRO BERNARDES Programaçoes Adicionais: SERGIO SANTOS Samples Adicionais: JONAS CHAGAS Voz e Vocais: FERNANDA ABREU
2 Tambor Participaçao Especial:AFRIKA BAMBAATAA (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom, GABRIEL MOURA: Som Livre, JOVI JOVINIANO: Direto, AFRICA BAMBAATAA: Sony ATV) ISRC: BR-GR9-15-00002 Arranjo: SERGIO SANTOS e FERNANDA ABREU Violao Base, Programaçao, Beatbox: SERGIO SANTOS Violoes: DAVI MORAIS Loops: NOBRU LIMA Percussão: JOVI e PRETINHO DA SERRINHA Donatinho: TECLADOS Voz e Vocais: FERNANDA ABREU Coro: EUGÊNIO DALE, SUELI MESQUITA, CECÍLIA SPYER, DÉLIA FISHER, FERNANDO MACIEL DE MOURA, JORGE AILTON, LEO JAIME, PEDRO LUÍS, RICARDO GOÉS, FELIPE ABREU
3 Deliciosamente (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom, ALEXANDRE VAZ: Warner Chappell, JORGE AILTON: Warner Chappell) ISRC: BR-GR9-15-00007 Arranjo: LIMINHA e FERNANDA ABREU Programaçao, Baixo, Guitarras e Teclados: LIMINHA Teclados: RODRIGO TAVARES Loop Adicional: MEME Vocal: JORGE AILTON Voz e Vocais: FERNANDA ABREU
4 Saber Chegar (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom, DONATINHO: Dubas, TIBLESS: Sony ATV, PLAY PIRES: Sony ATV) ISRC: BR-GR9-15-00006 Arranjo: LIMINHA e FERNANDA ABREU Programaçao, Baixo, Guitarras: LIMINHA Teclados / Talk Box: DONATINHO Beats Adicionais, Teclado e Efeitos: SERGIO SANTOS Bateria e Percussão: TUTO FERRAZ Voz e Vocais: FERNANDA ABREU
5 Antídoto (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom) ISRC: BR-GR9-15-00003 Arranjo: RODRIGO CAMPELLO e FERNANDA ABREU Programaçao, Rodhes, Sintetizadores, Baixo, Zheng (Harpa Chinesa), Harmonio: RODRIGO CAMPELLO Beat Adicional: SERGIO SANTOS Vocais Efeitos: FELIPE ABREU Pratos: TUTO FERRAZ Efeitos: PEDRO BERNARDES Voz e Vocais: FERNANDA ABREU
6 O Que Ficou (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom, THIAGO SILVA: Warner Chappell, QINHO: Direto) ISRC: BR-GR9-15-00008 Arranjo: QINHO e GUI MARQUES Teclados e Baixo: GUI MARQUES Programaçao e Beats: BRUNO QUEIROZ Efeitos Voz: SERGIO SANTOS Voz e Vocais: FERNANDA ABREU
7 Double Love Amor Em Dose Dupla (FAUSTO FAWCETT: Tapajós / Sony ATV, LAUFER: Tapajós / Sony ATV) ISRC: BR-GR9-15-00005 Arranjo: SERGIO SANTOS e FERNANDA ABREU Programação e Loops: LAUFER Beats e Programaçoes Adicionais: SERGIO SANTOS Guitarras: VIDAL Guitarra Solo Refrão: RAFAEL CASQUEIRA Teclados: RODRIGO TAVARES Voz e Vocais: FERNANDA ABREU
8 Por Quem (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom, QINHO: Direto) ISRC: BR-GR9-15-00004 Arranjo: TUTO FERRAZ e FERNANDA ABREU Bateria, Programaçao, Teclados: TUTO FERRAZ Baixo: ROBINHO Guitarras: FERNANDO VIDAL e ÁLVARO ALVES Teclados e Talkbox: DONATINHO Vocais: FELIPE ABREU Voz e Vocais: FERNANDA ABREU
9 Valsa Do Desejo (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom, TUTO FERRAZ: Direto) ISRC: BR-GR9-15-00009 Arranjo: TUTO FERRAZ e FERNANDA ABREU Arranjo Cordas: MARCELO PELLEGRINO Violinos: LUIZ AMATO e ALEX BRAGA Viola: ALEXANDRE DE LEON Cello: ADRIANA HOLTZ Bateria, Percussão, Programaçao, Teclados: TUTO FERRAZ Piano: GOGÔ Voz e Vocais: FERNANDA ABREU
10 Amor Geral (FERNANDA ABREU: Garota Sangue Bom, PEDRO BERNARDES: Abramus, FAUSTO FAWCETT: Tapajós / Sony ATV) ISRC: BR-GR9-15-00010 Arranjo: PEDRO BERNARDES, SERGIO SANTOS e FERNANDA ABREU Programaçao, Teclados: PEDRO BERNARDES Violao 7 Cordas: RODRIGO CAMPELLO Percussão: TUTO FERRAZ Efeitos Voz: SERGIO SANTOS Voz e Vocais: FERNANDA ABREU